We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

A estrada é longa e o caminho é deserto

by Algarobas

/
  • Streaming + Download

    Purchasable with gift card

     

1.
Me rio 04:35
Teu sexo é minha língua Na ponta dos meus dedos sua sina Menina, menina Na ponta dos meus dedos sua sina Esse rio São Francisco, de Janeiro, Salgado ou Março e eu o pequeno Granjeiro e o mar mais longe nem de onda volta mas nesse sertão profundo me chamo mais um Raimundo poeta de vasto mundo vendo o tempo correr
2.
3.
Cores 03:17
Tendo de ver o céu se abrir e o castelo de torres sereníssimas iluminar o cinza do sertão o amarelo e o azul num clarão e a muralha pra mim sorrir mas a porta não se abrir e eu ficando longe na mão o amarelo fugindo, o azul se esvaindo e o cinza voltando ao sertão Tirando o tempo do tempo e as cores do mural eu tiro onda de herói mas quando vejo o castelo volta tudo ao igual
4.
Eu quero comer uma coisa uma coisa fria uma coisa decente que tivesse dentes queria comer uma coisa doente pra comer escondido uma coisa de bandido queria comer uma coisa limpa bem branquinha de fora de forasteiro de limão aberto queria um gosto de chão vermelho de terra cavada de pés grosseiros de pedra queria comer uma coisa cara carinho de rico uma coisa de plástico assinado por um elfo eu, jacinto que sou queria comer de comedoria eu queria comer algo algo rápido de gosto atraente queria comer massa macarrão japonês músculo de peixe queria comer peixe, peixe mesmo queria comer um rinoceronte, um que nadasse queria comer uma girafa subterrânea um porco que mergulhasse um peixe: De novo um peixe porco que fosse pescado de anzol agora sim, sei o que quero comer: Um cardumes de porcos marítimos eu quero comer outra coisa um carvão aceso de brasa que queima e que fode quem come eu não quero mais eu quero comer outra coisa uma coisa que precise muito de mastigação que seja difícil de tirar dos dentes as fibras eu quero comer um demônio um vermelho, daqueles da igreja vou evitar os chifres comeria pleno os ossos do inferno eu quero comer uma coisa agora pensei num anjo evitarei as penas mas a carne é leve comerei também o outro anjo anjo nunca anda só todo o viveiro não encherá minha pança quero comer uma coisa tem que ser agora diferente feita de açúcar e sal de azedo e doce quero comer uma coisa agora 01 minuto quero comer 01 minuto 01 minuto de vagar mastigar os segundos digerir os centésimos voltarei o tempo porque agora quero comer uma coisa diferente quero comer os dias fazer na boca um bolor das semanas engolir sem água os meses sentir nas tripas os anos mas não vou cagar agora porque quero comer outra coisa uma coisa especial quero comer seus olhos seus olhos a crítica seus olhos.
5.
I Corpo em chamas despenca do Luzeiro bola de fogo, caos no Juazeiro o amor matou mais um que a fé não salva, o fogo é promessa de pó e este não falha. Pedras no chão onde caiu o vidro cacos a margem pivetes feito bandidos. Mistério santo, beatas em fuga. Cidade morta, corpos no meio da rua. II Pobres de bolso cheio criam o mito zumbis carregando luzes vão o sustentar pagando bem não há regra santa que não possa mudar porcos de avental branco em palanques na praça se lambuzando em moedas e graça são muitos, muitos e podem voar Pedras no chão só podem voar (4x) III Mutilados em festa flores voltando a crescer, são sonhos de espinhos ausentes que podem mexer. Mexer com as moedas dizimais agua, almoço, terço, vários barcos, um cais. VI E em que sopa vamos nos mexer virar almoço pra esses canibais uma mistura um grolô com uma lavagem boiando morto cozido em aguas e sais. E a mesa posta mãos e pés dentro comendo loucos, banquete de satanás

about

Gravado em Juazeiro do Norte/CE no Doctor Studio em julho de 2016, captado e mixado por João Afonso e produzido por Daniel Batata.
Foto da capa Edson Xavier e modelo Bruna Gomes.

Guitarra, sinth e programações - Daniel Batata
Guitarra e clarinete - Luiz Prado
Baixo e backing vocal - Fábio Ricarte
Bateria e voz - Isaac Linhares

credits

released December 2, 2016

Agradecimentos: João Afonso, Caio César, Bruna Gomes, Tainah Amaral, Edson Xavier, Dudé Casado, Raul Rock Bar, Porão Rock(Welson Mota), Cangaço Rock Bar, Return Estúdio(Guilherme), Filmes de Alvenaria(Ythallo Rodrigues), Graça Linhares, Tiago Carmiati e todas as pessoas que de alguma forma sempre nos apoiam.

license

all rights reserved

tags

about

Algarobas Juazeiro Do Norte, Brazil

Algarobas é formada por Batata, Luiz, Junior e Isaac. Concebida em Juazeiro do Norte/CE, mandando um rock experimental com influências de progressivo, eletrônico, noise e poesias.

contact / help

Contact Algarobas

Streaming and
Download help

Report this album or account

If you like Algarobas, you may also like: